Família
Todo mundo tem família. De todos os “todo mundo” deste blog, este é sem dúvida, indiscutível. Família engloba tanto laços afetivos quanto linhagem biológica, mas independente disso, todo mundo tem um pai, uma mãe, logo tem avó e avô e se a linha não for muito reta, tias, tios, primos, primas e por aí vai… Todo mundo tem família.
E família é uma coisa muito doida.
É a reunião de pessoas de histórias diferentes que iniciam uma comunidade de identidade própria, com costumes e tradições próprias. A comunidade não é fechada. Com o tempo entram novas pessoas, e outras saem também, mas existe um núcleo, uma cerne, ou talvez um sobrenome específico, que mantém a existência daquela comunidade e suas reuniões periódicas.
Algumas reuniões são festivas e englobam uma comunidade maior, como Natal, Páscoa ou aniversários. Outras reuniões são casuais, do dia a dia. Englobam almoços, faxinas em conjunto, um pequeno passeio ou um cafezinho da tarde. De todo modo, a reunião existe, pelo menos na maioria das comunidades familiares. E família é família.
Do latim, família significa “grupo doméstico”, e há quem diga essa palavra era usada para se referir ao grupo de escravos e servos de uma pessoa. Faz sentido. Muitas mães usam frases regularmente como “tá achando que eu sou sua escrava? Vem já lavar esse copo”, relembrando os outros entes familiares do significado de família, ou seja, que todos ali são um grupo de servos, e não somente um.
Família não se escolhe, apenas acontece, e muitas pessoas utilizam este motivo para justificar os atritos existentes dentro de um núcleo familiar. Além disso, família é família, o que significa que você pode afastar, ou tentar negar o que for, mas continua sendo sua família, e se o atrito não for lá tão grande, estarão sempre lá.
Família não se escolhe, apenas acontece, e muitas pessoas utilizam este motivo para justificar os atritos existentes dentro de um núcleo familiar. Além disso, família é família, o que significa que você pode afastar, ou tentar negar o que for, mas continua sendo sua família, e se o atrito não for lá tão grande, estarão sempre lá.
Um erro comum.
Não. Não estarão sempre lá. Muitas vezes, porque sabemos que independente do atrito eles estarão ali, não medimos palavras, atitudes ou comportamento para com eles. Muitas vezes tratamos melhor as pessoas de fora do que as pessoas do nosso núcleo familiar, porque independente do que aconteça, família é família e sempre estará ali no dia seguinte. Mas não é bem assim. Além de cada um do núcleo familiar acumular dores e cicatrizes ao longo ds vários anos vividos nessa comunidade, não sabemos o dia de amanhã, o que pode gerar muita frustação pelo tempo desperdiçado ou pior, arrependimento. Este é apenas um lembrete para aproveitarmos melhor nossa comunidade, que constrói parte da nossa identidade. Obviamente, este lembrete não vai impedir que haja conflitos e até brigas, afinal, sempre vai ter alguém com preguiça de lavar a louça ou com alguma opinião contrária dos demais, o que pode gerar uma discussão. Mas que as discussões sejam saudáveis, e quando não for o caso, que haja humildade o suficiente para pedir desculpas e dar um abraço sincero, afinal, este grupo de servos ao qual você pertence, é único no mundo, valorize a riqueza disso!